Pois bem, temos alguma chance...
Viver é
traçar uma linha bem óbvia entre Buda e Heráclito, fazendo desenhos em espiral
com motivos florais, que voam, voam no vento em dispersão... e numa outra
insistência, é também esticá-la, imperfeita, até o improvável livro de
Plath, circulando nele um único verso, que torna-se o suficiente (por enquanto)
pra fazer das palavras algo digno de acompanhar a transformação...
"Essa
nossa existência é transitória, como as nuvens de outono, observar o nascimento
e morte dos seres é como observar os movimentos de uma dança... ilusão é dar
permanência a algo que oscila, uma transformação que já está se movendo em
nós."
"A
essência é mudança... tudo flui, nada persiste, nem parece o mesmo... não se
pode entrar duas vezes numa mesma corrente de rio, o rio corre e torna-se outra
água, a todo instante... transmutando repousa (o fogo etéreo no corpo
humano)."
Pois bem,
temos alguma chance...
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